Campeonato Panamericano de 1956

Seleção Brasileira - 1956

Em pé na foto: Valdir Joaquim de Moraes, Oreco, Florindo, Odorico, Ênio Rodrigues e Duarte; Agachados: Luizinho, Bodinho, Larry, Ênio Andrade, Chinesinho e o massagista Biscardi.

Foto crédito: 1956, uma epopéia gaúcha- Livro de Eduardo Valls

Em 1956, a Seleção Gaúcha representou o Brasil no Campeonato Panamericano, disputados na Cidade do México.

Para saber mais detalhes, vamos acompanhar a matéria publicada no Almanaque Esportivo de 1957:

“Depois de uma série de marchas e contra-marchas, nas quais não faltou a ridícula apresentação de alguns elementos sem nenhum valor dos estados no Norte e de Minas Gerais para a formação do selecionado brasileiro que deveria ir ao México defender o título de campeão do certame panamericano conquistado pelo Brasil no Chile, resolveu a CBD, por volta do início de janeiro, entregar a FRGF a responsabilidade da representação brasileira no aludido certame, a qual seria formada exclusivamente por elementos que militassem nos clubes gaúchos.

Para a incumbência foi escolhido o técnico do S.C. Internacional, de Porto Alegre, José Francisco Duarte Júnior (Teté), o qual deu início a sua tarefa a 5 de janeiro convocando nada menos do que 45 jogadores das diversas agremiações da Divisão de Honra do futebol portoalegrense e pelotense. Feitos os ensaios durante os meses de janeiro e fevereiro, e selecionados os que deveriam vestir a camiseta da CBD, embarcaram para o México a 17 de fevereiro os seguintes jogadores: Sérgio, Sarará, Florindo, Aírton, Ênio Andrade, Mílton, Luizinho, Juarez, Hercílio, Duarte, Raul, Valdir, Bodinho, Jerônimo, Figueiró, Chinezinho, Odorico, Oréco, Larry, Paulinho, Ênio Rodrigues e Ortunho. Foi então iniciada a gloriosa jornada que nos levaria a conquista do laurél de Bi-campeões do Continente, graças a fibra e “garra” dos gaúchos, sempre prontos para tudo quando se trata de defender o bom nome esportivo do Brasil…”

E de fato, nada menos do que 46 atletas foram chamados para uma espécie de vestibular da bola, não custa recordar um a um quem foram os pré-selecioandos, do Renner, Waldir, Bonzo, Paulistinha, Breno, Léo, Odi, Pedrinho, Juarez, Ênio Andrade e Joeci; do Grêmio, Sérgio, Figueiró, Aírton, Calvet, Ênio Rodrigues, Giovani, Juarez, Mílton e Hercílio; do Internacional, Florindo, Oreco, Odorico, Luisinho, Bodinho, Larry, Jerônimo e Chinesinho; do Floriano: Paulinho, Bino, Hélio, Heitor, Chagas e Raul; do Cruzeiro, Amauri, Bruno e Tesourinha II; do Nacional, Ortunho e Mílton; do Força e Luz: Zacarias e Dorval; do Aimoré, Amaro e Kim, do Pelotas, Joãozinho e Brauner; do Brasil, Duarte e do Juventude, Lori. Uma série de “ensaios”, utilizando equipes separadas por cores foram então realizados, logo vieram os primeiros cortes, Paulistinha do Renner foi liberado, pois estava em execícios militares em São Borja, Juarez também do Renner, sofreu uma distensão e teve que abandonar o grupo, Heitor do Floriano, agradeceu o convite, mas preferiu mesmo abandonar a carreira, Calvet do Grêmio, estava com problemas de saúde e foi outro a deixar o grupo, Mílton do Nacional também deixou a seleção, e assim foram sendo feitas as dispensas, até chegar ao número de 22 atletas, não sem antes haver um tempinho para chamar o atleta Sarará do Grêmio, que havia ficado de fora na primeira chamada.

A competição foi disputada por 6 Seleções (Brasil, Argentina, Chile, Peru. México e Costa Rica), como fórmula, todas as equipes de enfrentavam em turno único, ao todo, o Brasil disputou 5 partidas, 4 vitórias e 1 empate, 9 pontos conquistados e 14 gols marcados, com esta campanha, o Brasil garantiu o primeiro lugar e consequentemente a medalha de ouro, ficando a Argentina com a Prata e a Costa Rica com o bronze.

Os Jogos
26/02/1956
México 1-1 Costa Rica

28/02/1956
Argentina 0-0 Peru

01/03/1956
Brasil 2-1 Chile
Local: Estádio Olímpico (Cidade do México); Arbitragem: Alfredo Rossi (Argentina), auxiliado por Danilo Alfaro (Costa Rica) e Ramiro Garcia (México); Gols: Luisinho (B) aos 13′, Raul (B) aos 67′ e Jorge Robledo (C) aos 71′.
Brasil: Sérgio; Florindo e Duarte; Oreco, Odorico e Ênio Rodrigues; Luisinho, Bodinho, Larry (Juarez), Ênio Andrade e Raul.
Chile: Escutti; Álvarez e Almeida; Carrasco, Cortez e Cubillos; Ramirez, Hormazabal (Carlos Telio), Jorge Robledo, Muñoz (Fernandez) e Sanchez.
O Jogo: Logo na estréia, o Brasil pegou um Chile totalmente confiante em uma vitória, pois dias antes no Sulamericano em Montevidéo, os chilenos haviam derrotado nossa seleção, então representada por atletas paulistas por 4-1. O Brasil virou o primeiro tempo vencendo por 1-0, gol de Luisinho aos 13 minutos, completando um cruzamento rasteiro de Larry,mesmo assim, o Chile fez várias investidas a meta brasileira, obrigando ao técnico Teté agrupar em alguns momentos, 6 atletas na defesa, para conter o ataque andino, fato não muito comum para a época. Na segunda etapa, logo no ínicio, após um escanteio, Larry tocou de cabeça, porém a bola raspou a meta de Escutti, aos 16 minutos Juarez substiuuiu Larry e aos 22 veio o 2º gol, em uma combinação de passes entre Juarez e Raul, que arrematou no ângulo esquerdo, Jorge Robledo ainda descontaria para o Chile aos 26 minutos, porém nada de mais produtivo foi conseguido após este gol.

04/03/1956
Peru 2-0 México

06/03/1956
Argentina 4-3 Costa Rica
Brasil 1-0 Peru
Local: Estádio Olímpico (Cidade do México); Arbitragem: Alfredo Rossi (Argentina); com Danilo Alfaro (Costa Rica) e Fernando Buergo (México) como auxiliares; Expulsão: Tito Drago; Gol: Larry aos 41′.
Brasil: Sérgio; Oréco, Florindo e Duarte; Odorico e Ênio Rodrigues; Luisinho, Bodinho, Larry (Juarez), Ênio Andrade e Raul.
Peru: Felandro Lazón; Delgado e Salas; Calderon e Lavalle (Velasques); Castilho, Tito Drago, Lamas, Mosquera e Gomez Sanchez (Morles).
O jogo: Em sua segunda partida, embora a contagem tenha ficado somente 1-0, o Brasil dominou amplamente a partida, Larry marcou aos 41 da primeira etapa, concluido de fora da área um belo passe de Luizinho, na segunta etapa, o Peru abusou da violencia e teve Tito Drago foi expulso aos 32 minutos, o que acarretou em um pequeno tumulto, era a segunda vitória brasileira na competição.

08/03/1956
Costa Rica 2-1 Chile
Brasil 2-1 México
Local: Estádio Olímpico (Cidade do México); Arbitragem: Cláudio Vicuña (Chile); com Danilo Alfaro (Costa Rica) e Alfredo Rossi (Argentina) como auxiliares; Gols: Bodinho (B) aos 17′, Del Aquila (M) aos 56′ e Bravo (Contra) (B) aos 73′.
Brasil: Sérgio; Figueiró, Florindo e Oréco; Odorico e Duarte; Luisinho, Bodinho, Larry (Juarez), Ênio Andrade e Raul (Chinesinho).
México: Gomez; Lopez, Bravo e Villegas; Portugal e Salazar; Del Aquila, Igario, Calderon, Reyes (Naranjo) e Molina (Arelpano).
O Jogo: Em um confronto equilibrado, onde ambos atacavam com perigo, foi o Brasil o primeiro a inaugurar o placar, aos 17 minutos, Bodinho aproveitou uma confusão na área mexicana e mandou a bola para o fundo das redes. Na segunda etapa, logo aos 11 minutos, Lopez cobrou uma falta com violencia, Sérgio defendeu parcialmente e Del Aquila na corrida emendou para o arco brasileiro empatando a partida. Luizinho revidou uma falta e formou-se um tumulto entre os jogadores, logo que a bola voltou a rolar, Chinesinho que havia entrado no lugar de Raul no intervalo, levava grande vantagem sobre os adversários, em um lance após driblar Lopez, recebeu um soco no estômago como resposta. Aos 28 minutos viria o desempate, Ênio Andrade bateu uma falta, a bola explodiu na barreira e correu pela linha de fundo, de lá mesmo, o rápido e esperto Bodinho mandou de cabeça em direção ao gol, o zagueiro Bravo tentou defender e acabou marcando contra a própria meta. Em vantagem no placar, o Brasil administrou a partida até o final.

11/03/1956
Argentina 3-0 Chile

13/03/1956
Brasil 7-1 Costa Rica
Local: Estádio Olímpico (Cidade do México); Arbitragem: Cláudio Vicuña (Chile); Gols: Larry (B) aos 7′, Chinesinho (B) aos 12′, Larry (B) aos 37′ e aos 51′; Cordero (C) aos 53′, Chinesinho (B) aos 63′, Larry (B) aos 74′ e Chinesinho (B) aos 82′.
Brasil: Waldir; Oréco, Florindo e Duarte; Odorico e Ênio Rodrigues (Figueiró); Luisinho, Bodinho, Larry, Ênio Andrade e Chinesinho.
Costa Rica: Perez (Alvarado); Solis, Cordero e Sanchez; Esquivel e Rodrigues; Montero, Herrera, Monje, Murilo e Jimenez.
O Jogo: Credenciados por boas apresentações frente ao México, a Argentina e ao Chile, os “Ticos”, como foram chamados os costariquenhos, chegaram para enfrentar o Brasil sendo considerados um adversário difícil de se bater. Porém a fama durou pouco, pois o Brasil simplesmente triturou o seu adversário, Bodinho abriu a contagem de cabeça aos 7′, Chinesinho ampliou aos 12′, Larry aumentou aos 37′, fazendo o técnico da Costa Rica substituir o goleiro Perez por Alvarado para tentar conter as conclusões brasileiras, e assim acabou o primeiro tempo, Brasil 3-0. A invencibilidade do novo goleiro costariquenho durou até os 6 minutos da segunda etapa, quando Larry elevou para 4-0 a contagem do placar, Cordero aos 8 minutos marcou o gol de honra de sua equipe, Chinezinho aos 18, Larry aos 29 e Chinesinho aos 37 encerraram o placar para o Brasil.

Argentina 0-0 México

15/03/1956
Peru 2-2 Chile

17/03/1956
Costa Rica 4-2 Peru
México 2-1 Chile

18/03/1956
Brasil 2-2 Argentina
Local: Estádio Olímpico (Cidade do México); Arbitragem: Cláudio Vicuña; aulixiado pelos mexicanos Fernando Buergo e Ramiro Garcia; Gols: Chinesinho (B) aos 24′, Yúdica (A) aos 36′, Ênio Andrade (B) aos 58′ e Sivori aos 85′.
Brasil: Waldir; Figueiró, Florindo e Oréco (Duarte); Odorico e Ênio Rodrigues; Luisinho, Bodinho, Larry, Ênio Andrade e Chinesinho.
Argentina: Domingues; Daponte, Cardoso e Filgueiras; Guidi (Di Stefano) e Sivo; Pentrelli, Loiácono, Cejas, Sivori e Yúdica.
O Jogo: Na última partida, bastava um empate para garantir a Medalha de Ouro para o Brasil, no entanto o adversário era nada mais nada menos que o maior rival, a Argentina. Como já era esperado, o jogo foi equilibrado tecnicamente, sendo alternados os períodos de domínio de ambos os times. Aos 24 minutos Bodinho atirou rasteiro e com grande violência. Larry que estava no caminho, apenas fez uma finta com o corpo e deixou a bola passar para Chinesinho que vinha completamente desmarcado que bateu a gol com força, indo a bola morrer no fundo do gol, inapelavelmente para o goleiro Domingues. Em desvantagem no marcador, os argentinos não perderam a calma e aos 36 minutos um lançamento do meia Sivo que aproveitou a distração da zaga brasileira que preocupada em conter os ataques pelo meio, deixou Yúdica livre na ponta esquerda, lançado o atacante bateu sem chances para Waldir, com o 1-1 no placar, as equipes foram para o intervalo. Veio o segundo tempo, aos 13 minutos, Ênio Andrade de ótima atuação, avançou com a bola dominada e de fora da área mandou forte para gol, sem a mínima chance para Domingues, novamente o Brasil estava na frente do placar. Faltando 5 minutos para o final, Sivori marcou um golaço e empatou novamente a partida, mas não havia mais tempo, o empate seria definitivo e deu a Medalha de Ouro para o Brasil.

Classificação Final:
1º) Brasil, 09 pontos; 2º) Argentina, 7 pontos; 3º) Costa Rica, 5 pontos; 4º) México e Peru, 4 pontos e 6º) Chile, 1 ponto.

Após a batalha, o retorno dos heróis
Segue abaixo, um trecho retirado da página 44, do Almanaque Esportivo de 1957, que conta como foi o regresso dos heróis e a recepção por parte dos brasileiros:
“…Depois de permanecer algum tempo na capital do Peru, a Seleção Gaúcha retornou aos “pagos”, tendo recebido diversas homenagens quer no Rio como em São Paulo. Mas a maior de todas foi na sua chegada a Porto Alegre, onde por assim dizer, toda a população se associou as festividades daquele memorável 27 de março, declarado ponto facultativo nas repartições públicas com a adesão do comércio que, na quase totalidade, cerrou suas portas para que todos pudessem recepcionar os heróis do México. 80 mil pessoas compareceram ao Aeroporto Salgado Filho e o cortejo composto por mais de mil automóveis levou quatro horas para chegar ao centro da cidade. Câmara Municipal, Assembléia Legislativa do Estado, e os executivos da cidade e do Rio Grande do Sul, se associaram oficialmente às homenagens. Somente a Confederação Brasileira de Desportos não soube reconhecer o esforço dos gaúchos para a conquista tão memorável: além de oferecer aos players da seleção brasileira uma gratificação bastante modesta somente foi entregá-la sete meses depois, a 9 de outubro, após muito regateio…”

A Biografia dos Campeões Panamericanos
Os Atletas
Aírton Ferreira da Silva, Grêmio, 21 anos, Defesa.
Ênio Antônio Rodrigues da Silva, Grêmio, 25 anos, Meia.
Ênio Vargas de Andrade, Renner, 27 anos, Meia.
Flávio Pinho – Florindo, Internacional, 27 anos, Defesa.
Hercílio Leopoldino Duarte, Grêmio, 26 anos, Meia.
Jerônimo Teixeira dos Santos, Internacional, 25 anos, Atacante.
Jorge Carlos Carneiro – Ortunho, Nacional, 20 anos, Defesa.
José Antônio Duarte Silva, Pelotas, 25 anos, Defesa.
Juarez Teixeira, Grêmio, 27 anos, Atacante.
Larry Pinto de Faria, Internacional, 23 anos, Atacante.
Luíz Gonzaga Figueiró, Grêmio, 21 anos, Defesa.
Luíz José Marques – Luizinho, Internacional, 29 anos, Atacante.
Milton Martins Kuelle, Grêmio, 22 anos, Meia.
Nilton Coelho da Costa – Bodinho, Internacional, 27 anos, Atacante.
Odorico Araújo Goulart, Internacional, 25 anos, Meia.
Olavo de Souza Flores – Sarará, Grêmio, 25 anos, Meia.
Paulo Correa de Oliveira – Paulinho, Floriano, 30 anos, Goleiro.
Sérgio Moacyr Torres Nunes, Grêmio, 29 anos, Goleiro.
Sidney Cunha – Chinesinho, Internacional, 20 anos, Atacante.
Raul Otávio Klein, Floriano, 24 anos, Atacante.
Valdir Joaquim de Moraes, Renner, 24 anos, Goleiro.
Waldemar Rodrigues Martíns – Oréco, Internacional, 23 anos, Defesa.

Comissão Técnica e Diretores
Chefe da Delegação: Aneron Correia de Oliveira
Sub-Chefe: Saturnino Vanzelotti
Superintendente: Miguél Lardiez
Técnico: José Francisco Duarte Júnior – Teté
Médico: Dr. Derly Monteiro
Massagistas: Luíz Biscardi e José Moura.

Gaúchos do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Pernambuco
Embora a seleção formada fosse somente de atletas que atuavam aqui no Rio Grande do Sul, alguns dos atletas não haviam nascido aqui, é o caso de Florindo que nasceu em Nova Friburgo no Rio de Janeiro, atuou no Esperança de Nova Friburgo, Fluminense e Flamengo, antes de chegar aqui no estado para defender o Nacional em 1950 e posteriormente o Internacional em 1951. Juarez, o “Tanque”, era de Blumenau, Santa Catarina, antes de chegar ao Grêmio em 1955, atuou no Palmeiras e Olímpico ambos de Blumenau, passou por São Paulo, onde em Santos, defendeu o Jabaquara, no Paraná defendeu o Coritiba e novamente em Santa Catarina, defendeu o Duque de Caxias de Joinville, até ser contrato pelo Grêmio. Bodinho, nasceu em Recife, iniciou a carreira no simpático Íbis, no Maranhão defendeu o Sampaio Correa, no Rio de Janeiro atuou no Flamengo, até chegar a Porto Alegre, quando foi contratado pelo Nacional em 1952, no mesmo passou a defender o Internacional. Jerônimo nasceu no Rio de Janeiro, na época Distrito Federal, iniciou a carreira em 1946 no Manufatura F. C., logo foi levado para o Fluminense e em 1951 foi trazido para jogar no Internacional. Larry, assim como Florindo, nasceu em Nova Friburgo e lá iniciou sua carreira em 1945, foi para o Fluminense e de lá, saiu em 1954 para atuar no Internacional.

15 Respostas

  1. […] O Jogo: Logo na estréia, o Brasil pegou um Chile totalmente confiante em uma vitória, pois dias antes no Sulamericano em Montevidéo, os chilenos haviam derrotado nossa seleção, então representada por atletas paulistas por 4-1. O Brasil virou o primeiro tempo vencendo por 1-0, gol de Luisinho aos 13 minutos, completando um cruzamento rasteiro de Larry,mesmo assim, o Chile fez várias investidas a meta brasileira, obrigando ao técnico Teté agrupar em alguns momentos, 6 atletas na defesa, para conter o ataque andino, fato não muito comum para a época. Na segunda etapa, logo no ínicio, após um escanteio, Larry tocou de cabeça, porém a bola raspou a meta de Escutti, aos 16 minutos Juarez substiuuiu Larry e aos 22 veio o 2º gol, em uma combinação de passes entre Juarez e Raul, que arrematou no ângulo esquerdo, Jorge Robledo ainda descontaria para o Chile aos 26 minutos, porém nada de mais produtivo foi conseguido após este gol. (Fonte: sumulastche.wordpress.com) […]

  2. […] O jogo: Em sua segunda partida, embora a contagem tenha ficado somente 1-0, o Brasil dominou amplamente a partida, Larry marcou aos 41 da primeira etapa, concluido de fora da área um belo passe de Luizinho, na segunta etapa, o Peru abusou da violencia e teve Tito Drago foi expulso aos 32 minutos, o que acarretou em um pequeno tumulto, era a segunda vitória brasileira na competição. (Fonte: sumulastche.wordpress.com) […]

  3. […] O Jogo: Em um confronto equilibrado, onde ambos atacavam com perigo, foi o Brasil o primeiro a inaugurar o placar, aos 17 minutos, Bodinho aproveitou uma confusão na área mexicana e mandou a bola para o fundo das redes. Na segunda etapa, logo aos 11 minutos, Lopez cobrou uma falta com violencia, Sérgio defendeu parcialmente e Del Aquila na corrida emendou para o arco brasileiro empatando a partida. Luizinho revidou uma falta e formou-se um tumulto entre os jogadores, logo que a bola voltou a rolar, Chinesinho que havia entrado no lugar de Raul no intervalo, levava grande vantagem sobre os adversários, em um lance após driblar Lopez, recebeu um soco no estômago como resposta. Aos 28 minutos viria o desempate, Ênio Andrade bateu uma falta, a bola explodiu na barreira e correu pela linha de fundo, de lá mesmo, o rápido e esperto Bodinho mandou de cabeça em direção ao gol, o zagueiro Bravo tentou defender e acabou marcando contra a própria meta. Em vantagem no placar, o Brasil administrou a partida até o final. (Fonte: sumulastche.wordpress.com) […]

  4. […] O Jogo: Credenciados por boas apresentações frente ao México, a Argentina e ao Chile, os “Ticos”, como foram chamados os costariquenhos, chegaram para enfrentar o Brasil sendo considerados um adversário difícil de se bater. Porém a fama durou pouco, pois o Brasil simplesmente triturou o seu adversário, Bodinho abriu a contagem de cabeça aos 7′, Chinesinho ampliou aos 12′, Larry aumentou aos 37′, fazendo o técnico da Costa Rica substituir o goleiro Perez por Alvarado para tentar conter as conclusões brasileiras, e assim acabou o primeiro tempo, Brasil 3-0. A invencibilidade do novo goleiro costariquenho durou até os 6 minutos da segunda etapa, quando Larry elevou para 4-0 a contagem do placar, Cordero aos 8 minutos marcou o gol de honra de sua equipe, Chinezinho aos 18, Larry aos 29 e Chinesinho aos 37 encerraram o placar para o Brasil. (Fonte: sumulastche.wordpress.com) […]

  5. […] O Jogo: Na última partida, bastava um empate para garantir a Medalha de Ouro para o Brasil, no entanto o adversário era nada mais nada menos que o maior rival, a Argentina. Como já era esperado, o jogo foi equilibrado tecnicamente, sendo alternados os períodos de domínio de ambos os times. Aos 24 minutos Bodinho atirou rasteiro e com grande violência. Larry que estava no caminho, apenas fez uma finta com o corpo e deixou a bola passar para Chinesinho que vinha completamente desmarcado que bateu a gol com força, indo a bola morrer no fundo do gol, inapelavelmente para o goleiro Domingues. Em desvantagem no marcador, os argentinos não perderam a calma e aos 36 minutos um lançamento do meia Sivo que aproveitou a distração da zaga brasileira que preocupada em conter os ataques pelo meio, deixou Yúdica livre na ponta esquerda, lançado o atacante bateu sem chances para Waldir, com o 1-1 no placar, as equipes foram para o intervalo. Veio o segundo tempo, aos 13 minutos, Ênio Andrade de ótima atuação, avançou com a bola dominada e de fora da área mandou forte para gol, sem a mínima chance para Domingues, novamente o Brasil estava na frente do placar. Faltando 5 minutos para o final, Sivori marcou um golaço e empatou novamente a partida, mas não havia mais tempo, o empate seria definitivo e deu a Medalha de Ouro para o Brasil. (Fonte: sumulastche.wordpress.com) […]

  6. Existe um filme que assisti bem detalhado deste campeonato. Foi feito por henrique amabile, um dos donos da joalheria amabile.
    Mostra inclusive o gol decisivo de enio andrade. O jornalista claudio dientsmann talvez tenha herdado o filme.

  7. […] O Panamericano foi um campeonato que deveria ser disputado a cada quatro anos, a partir de 1952, mas que acabou durando apenas três edições. A organização ficava a cargo da Confederação Panamericana de Futebol, igualmente efêmera. Sempre achei a participação da Seleção Gaúcha representando o Brasil nesse torneio algo fascinante e que foi desenterrado da memória geral após a publicação do livro “1956: Uma Epopéia Gaúcha no México”, de Eduardo Valls, em 2005. Foram muitas idas-e-vindas até a definição da CBD em conceder a formação do selecionado que representaria o país no México à FRGF e, depois, até a definição dos 22 atletas que comporiam o elenco. Além, é claro, do livro, essa história é muito bem contada pelo João Lopes, no Súmulas-Tchê. […]

    1. Obrigado pelas palavras Leonardo!

  8. […] O Panamericano foi um campeonato que deveria ser disputado a cada quatro anos, a partir de 1952, mas que acabou durando apenas três edições. A organização ficava a cargo da Confederação Panamericana de Futebol, igualmente efêmera. Sempre achei a participação da Seleção Gaúcha representando o Brasil nesse torneio algo fascinante e que foi desenterrado da memória geral após a publicação do livro “1956: Uma Epopéia Gaúcha no México”, de Eduardo Valls, em 2005. Foram muitas idas-e-vindas até a definição da CBD em conceder a formação do selecionado que representaria o país no México à FRGF e, depois, até a definição dos 22 atletas que comporiam o elenco. Além, é claro, do livro, essa história é muito bem contada pelo João Lopes, no Súmulas-Tchê. […]

    1. Obrigado pelos esclarecimentos e complementos, muito agradecido também pela visita!
      Volte Sempre!

  9. Hugo Sérgio de Lima | Responder

    Excelente matéria ! Parabéns !

    1. Obrigado amigo!
      Volte sempre para visitar e ver as novidades

  10. […] extraordinário, cerca de 80 mil pessoas foram ao aeroporto Salgado Filho parabenizar os heróis, segundo o Almanaque Esportivo de 1957. Além disso, mais de mil carros participaram do cortejo até o centro da […]

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